Até logo Marina!
Naquela manhã o céu cheirava poesia, as nuvens movimentavam-se em forma de versos e encontravam-se como rimas.
Tudo era mágico! A magia indiferente que invade a realidade sem importar-se com o contexto contemplado.
Talvez aquele céu fosse só a ironia sorrindo para a dor que a perda provoca, ou, talvez, fosse uma mensagem de esperança... Prefiro a esperança!
Sentia o vento sussurrando: “Por que não usa uma vírgula ao invés de um ponto final?”
Vento fastidioso! Derruba as folhas das árvores e as carrega para onde a visão não alcança! Vírgula coisa nenhuma! Não seria mais apropriado um ponto de interrogação, já que as folhas são levadas para... Espero que para um lugar melhor que os galhos que as prendiam.
Folhas continuam a soltar-se pelos ventos...
Lágrimas ainda caem sob céus ensolarados, estrelados, nublados...
Rimas e versos prosseguem e transformam-se em canções e poemas...
Naquela manhã, vírgulas, pontos finais, interrogações, afirmações eram sinônimos de perplexidade.
O céu explodia-se em rimas e escrevia o poema do recomeço.
Até logo Marina!