NEM TUDO PASSA
Vão-se os dias! O tempo passa ... Saudade, não.
Lembranças não se apagam da mente
da gente.
O último suspiro sustou a vida, sem volta ou senão.
Ainda irrompem doces memórias na gente
carente.
O presente gigante se amiúda e o futuro se torna anão.
Já, o passado, não; retorna num repente,
crescente.
Impotente, a gente se sente só e órfã em pranto vão.
Corpo não há, nem há face do ente,
ausente.
Resta a imagem e o legado nas lágrimas e no coração.
O lenço corre e não absorve a dor persistente,
plangente.