Alma indefesa

Na mesa, meu café amargo esfria a esperar

Porque à mesa é você o que minha boca deseja

Chove atrás da janela e inundada está minha alma indefesa

O jornal aberto, a xícara completa, tudo é você nesse pesar

As gotas deslizam nos vidros, abundantemente

E uma imensa dor me acompanha intermitentemente

No cinema sou mais uma estranha apenas

Na escada rolante não existe mais o abraço carinhoso

Não há ombro que ampare nem aconchego bondoso

Nem olhar complacente com minhas manhas pequenas

Saudade de um tempo que acabou rapidamente

Um sorriso atrevido e palavras incandescentes

Um plano, um sonho...agora no passado estão

Bebo, amarga, o café gelado

Ele combina com meu coração

Brandim
Enviado por Brandim em 11/04/2011
Código do texto: T2903100
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.