Não sei minha criança.

Não sei

minha criança

porque a lembrança

entrava

quando do abismo d’alma

já tombaram os meus olhos

da remota esperança.

Não sei

minha criança

porque a lembrança

canta incauta

se ninguém a viu nascer.

Muito embora

do lume dos teus olhos,

Veja a lava vulcânica

Nascer águias de fogo,

D’um reino eterno,

de calor e significado

claro e sem segredos.

E ao fechar os meus

retorna-me a dor

na escuridão

a levar-me teus olhos

numa distância

Sem fronteira

perdida na vertigem de teu corpo.

Não sei

minha criança,

Não sei quantas vezes morrerei

Ao seu lado.

Tomb
Enviado por Tomb em 07/04/2011
Código do texto: T2895093
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.