FADO OU DESTINO

Canção triste e magoada

na voz sentida de um Povo.

Dedilhada nas cordas de uma guitarra

tão nossa e genuína,

em versos simples, sentidos,

fala de amores traídos, fugazes;

da saudade de quem parte,

do lamento de quem fica;

de alegrias e tristezas;

de ódios e paixões;

momentos da nossa História.

É o Fado!

nascido a medo em noites de luar

no peito de marinheiros,

tristes da lonjura de um beijo,

sedentos de um afago de mulher.

Não se conhecem os Pais.

Fez do negro a sua cor, como é negro

o chaile das mulheres que o acompanham.

Vivendo sempre na aventura,

da boémia e da loucura,

faz da noite o seu dia.

Percorrendo ruas e vielas,

entra em pobres tabernas,

petiscando um caldo verde

com vinho tinto e peixe frito,

ou em burgueses salões

de elegante repasto.

Em todos se sente bem

e a todos encanta no seu jeito de estar.

E a guitarra que o acompanha,

chora com ele dor tamanha

por tal Destino o marcar!

Hedera Cunha
Enviado por Hedera Cunha em 07/04/2011
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