POEMA DE UM FIM DE TARDE
Sentado a beira da calçada,
Contemplo tudo que ocorre;
Vejo na rua asfaltada
A pequena bola que corre;
Vejo meninos cantando modas,
As meninas brincando de roda,
...Eu vejo a tarde que morre.
Logo adiante, uma rua sem calçada,
Uma ruazinha tão rude...
Onde os meninos de mãos empoeiradas
Brincam com bolinhas de gude.
Sentado à beira da calçada
Fumando seu cachimbo, está o vovô,
Ao lado da eterna namorada...
A meiga vovó, que faz um tricô.
Sentado à beira da calçada
Contemplo tudo que ocorre;
Já vejo a lua prateada,
Alma da tarde... Que morre