POEMA DE UM FIM DE TARDE

Sentado a beira da calçada,

Contemplo tudo que ocorre;

Vejo na rua asfaltada

A pequena bola que corre;

Vejo meninos cantando modas,

As meninas brincando de roda,

...Eu vejo a tarde que morre.

Logo adiante, uma rua sem calçada,

Uma ruazinha tão rude...

Onde os meninos de mãos empoeiradas

Brincam com bolinhas de gude.

Sentado à beira da calçada

Fumando seu cachimbo, está o vovô,

Ao lado da eterna namorada...

A meiga vovó, que faz um tricô.

Sentado à beira da calçada

Contemplo tudo que ocorre;

Já vejo a lua prateada,

Alma da tarde... Que morre

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 03/04/2011
Código do texto: T2887744
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