A HORA DA SAUDADE

Sabe, eu me sinto assim estranho
agora quando a vida da pausa
e a gente respira um ar de saudade
olhar perdido, a esmo, procurando
me vejo lá,longe, bem atráz,
quando a calça mal me cabia
e eu olhava o dia, como se fosse um ano
talvez por minha mente pequenina
talvez por minha falta de ambição
não esta que me faz acordar todo o dia
mas aquela que me levava pro campinho
e me fazia esperar na noite de natal
por um velho barbudo e bobalhão
deu um nó, molhei o rosto
onde estavam guardadas tantas lembranças
foi só fazer uma faxina
que a poeira me cutucou os olhos
eu, o tempo, a vida e a vontade,
vontade de nunca terminar
acho que nunca terminou
ainda sou aquele moleque, folgado
a brincar com sonhos pelos dias
acho que sou sim
só tinha tirado uma soneca.
Ita poeta
Enviado por Ita poeta em 26/03/2011
Reeditado em 26/03/2011
Código do texto: T2870984
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