Saudade

Eu canto a saudade...

Dela faço um hino.

Lembro a mocidade,

cantar é meu destino.

A saudade mora comigo,

Vou levá-la para a eternidade.

Deixá-la não consigo,

eu falo com sinceridade.

Como pássaro nasci liberto.

Da saudade sou prisioneiro.

De leis estou coberto,

até parece um cativeiro.

O grito dos livres é anunciado...

É o prenúncio da libertação.

Mas ninguém é libertado,

a saudade é sempre uma prisão.

A inocência é a beleza

da esperança futura.

É o amor com certeza,

é bom enquanto dura.

Helmuth da Rocha
Enviado por Helmuth da Rocha em 14/03/2011
Código do texto: T2848489