Esse mal chamado saudade.
Arrancada da alma em seu derradeiro grito.
Sangue tirado da carne viva.
Erva daninha que corta o peito sem piedade.
Oh, como eu queria desse mal me curar!
Desejaria sair desse martírio.
E queria me livrar dessas dolorosas lembranças.
Deus, como posso eu sentir saudade de algo que nunca tive?
Pois, eis que meu peito clama por amor.
Sentimento exclusivo de poucos e desejado por tantos.
Minha alma clama por uma amizade verdadeira.
Mas, amizade verdadeira é tão rara como ouro.
E pra minha vida só resta o desconsolo de uma saudade que pulsa sem parar.
Pois, que não há amor pra mim nesse mundo.
E amizade verdadeira não tem lugar nesse vazio chamado Terra.
E o que restou pra mim?
Somente a solidão e uma estranha e indesejada saudade de coisas que nunca tive e que jamais terei.