Ausência: Nosso Aresto
Ah esses olhos vermelhos
Como parecem penetrar
Penetrar em meu peito palpitante
Brotando a inércia nesse instante
Brutalmente fazendo-o parar
São adagas perigosamente sutis
Que consigo veneno levam
Veneno da dor dividida
Da saudade sustentando a vida
De amores que lutam e não se entregam
Lágrimas com teor de sangue
Uma angústia desmedidamente intensa
Senti-lo assim – mais dolorosa sensação
Me faz sumir e perder de vez o chão
E me condeno junto a ti à impiedosa sentença