AMIGO MAR
(Andando seminú sobre as areais desertas de qualquer praia
a gente sente que a "liberdade está em nossas mãos", em nossa
pele, entrando pelas narinas, invadindo-nos o corpo inteiro. Este
poema tenta retratar essa sensação inesquecível. Com vocês...)
A M I G O M A R
Sentado na areia, no meio do horizonte,
revejo o Passado, relembro o meu ontem.
Eu canto, eu me calo, não falo, não fumo
e nem tenho metas, nem planos, nem rumo.
Sentado, num dia de manhã bem fria,
na praia deserta, enorme, vazia,
eu tento ser eu, mas eu não sou nada...
sou pó e sou vento, sou céu, sou estrada.
Sou o barulho da água, o silêncio da nuvem.
Sou o jato que passa, que zune, que ruge.
Sou Deus, soudiabo, sou bom e sou mau.
Souhomem, sou mago, anjo e animal.
Mas não quero ser nada, nem ter, nem poder.
So quero liberdade, só quero viver
com felicidade, com um lar, com você !
"NATO" AZEVEDO
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(Dedicado ao amigo José Lucílio Guerra, em 1984/RJ) e publicado
numa antologia da SHOGUN Editora/RJ em março de 1985.
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OBS.: o jovem colombiano RONALDO VACA P. ROCHA,
em visita a Belém do Pará, musicou-a em 2003
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