SEMPRE QUE CHOVE...
A chuva forte, molha toda vidraça,
Mas o que escorrem são as lágrimas,
rastreando marcas d’um rosto sem graça,
inundando os olhos tristes em brumas...
Sempre que chove assim, assim fico eu!
Volto-me àquela tarde chuvosa...
Eu tentando driblar o vento e Você apareceu
pedindo abrigo sob o guarda-chuvas!
Tinhas a voz tão carinhosa...!
...E no tempo afora...... Tu me amavas!!!!
Hoje passei naquele mesmo lugar..., chovia!
Era a mesma hora..., mas Eu, uma senhora!
Um vulto desenhou-se à frente, parecia anamorfose
e eu queria que fosses tu, mas o vulto passou e foi embora!
Até o guarda-chuvas, vazio de nós, dobrou-se!
Só não dobra a saudade que você deixou em mim.
Só não dobra esse amor que nunca tem fim...
Só não passa a tempestade que se forma em min’alma,
que ao transbordar o leito de meus olhos, traz-me por fim, a calma!