Lembranças
Lembro, tudo ainda parece muito recente,
Daquela aurora de ilusões sem fim
Que me deixou, sempre, a esperança,
De um dia ter esse amor para mim.
Mas de súbito veio uma brisa de desalento
Ateando poeira da noite escura em mim!
E eu não mais busquei no amor a cura
Para os males desse doce sentir afim.
Pela a estrada afora andei... Andei sem destino,
Em busca de um sorriso de verdade-verdadeira
Era ilusão momentanea do meu sonho de menino.
Eu queria um amor de fogo e paixão ardentes!
Que quando jovem sempre acreditei
Agora cresci e dizer a verdade não sei
Porque esse louco desejo ainda me incendeia.