Finados
E por ser amanhã o dia de Finados,
os corpos estarão protegidos e abrigados
enquanto os espíritos, livres e alados.
Por onde andarão, Mestre Vinicius,
os meus mortos? Quais foram os precipícios
que saltaram? Restaram indícios?
Em certo livro que cometi, escrevi que agora
brilhavam em outro céu. Será que também
brilharei quando for a hora?
Insolência, mestre. O brilho é propriedade de alguns.
Aos pobres mortais como eu, cabe a saudade.
E a ilusão inútil de que é a ponte para a Eternidade.
Somos frágeis. Choramos por eles e por nós.
E é assim que os sinos dobram por todos.
E por ser amanhã o dia de Finados,
os corpos estarão protegidos e abrigados
enquanto os espíritos, livres e alados.
Por onde andarão, Mestre Vinicius,
os meus mortos? Quais foram os precipícios
que saltaram? Restaram indícios?
Em certo livro que cometi, escrevi que agora
brilhavam em outro céu. Será que também
brilharei quando for a hora?
Insolência, mestre. O brilho é propriedade de alguns.
Aos pobres mortais como eu, cabe a saudade.
E a ilusão inútil de que é a ponte para a Eternidade.
Somos frágeis. Choramos por eles e por nós.
E é assim que os sinos dobram por todos.