Fotografia
Olho a tua fotografia,
me perco no tempo,
viro menino desatento,
revivo aquela magia.
Tuas ancas em frenesi,
devorando-me sem pudores.
eu, perdido entre torpores;
E tu, tão distante daqui.
Nas tuas imagens
me perco na vida,
eu lambo a ferida.
Me permito paragens.
Eu vejo o toque,
o beijo,
o afago,
a ginga,
o miado,
e um mundo inteiro,
que eu perdi a chave;
E do lado de fora
sou prisioneiro!