SAUDADES
Saudades de um corpo que agora dorme,
repousa nos braços da morte.
Cumpriu seu papel nesta vida.
Nasceu, cresceu, amou, deu vida.
Hoje, merecedora mais que ninguém
descansa, repousa num sono eterno.
Nunca mais irá chorar ou sofrer,
porém, ficará a tristeza de não mais
poder vê-la sorrir,
para os que em vida ainda podem.
Cabe a nós e somente a nós,
aproveitar esta mesma vida ,
vivendo-a...
Respeitando o direito de nascer,
crescer, amar, dar vida,
mas também de morrer,
pois assim como este corpo que aqui adormeceu
e não mais verá outro viver,
nós também um dia repousaremos,
e sem força carnal,
não poderemos impedir
que caíamos também
nos braços da morte.
31/10/2003