SAUDADES

Saudades de um corpo que agora dorme,

repousa nos braços da morte.

Cumpriu seu papel nesta vida.

Nasceu, cresceu, amou, deu vida.

Hoje, merecedora mais que ninguém

descansa, repousa num sono eterno.

Nunca mais irá chorar ou sofrer,

porém, ficará a tristeza de não mais

poder vê-la sorrir,

para os que em vida ainda podem.

Cabe a nós e somente a nós,

aproveitar esta mesma vida ,

vivendo-a...

Respeitando o direito de nascer,

crescer, amar, dar vida,

mas também de morrer,

pois assim como este corpo que aqui adormeceu

e não mais verá outro viver,

nós também um dia repousaremos,

e sem força carnal,

não poderemos impedir

que caíamos também

nos braços da morte.

31/10/2003

Silvana Rodrigues
Enviado por Silvana Rodrigues em 10/02/2011
Reeditado em 12/02/2011
Código do texto: T2783509
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