OBSCURA NOSTALGIA
Que penumbra nostalgia!
Sem rumo, sem trajeto, sem sentido.
Um pungente pudor, recato.
Uma repugnância de melancolia, asco.
Ah, que saudades! Que noites sombrias!
Que obscura esta Nostalgia!
Numa imundície repugnante de dor.
E num pântano lasso
Parece que vais morrer.
Ressalva o vulnerável vilão
Chamado Escuridão...
Inesperadamente vejo os clarões
E me escondo novamente na imensidão.
Perambulando nos meus sonhos,
Numa voluptuosa nostalgia.