O SOM DE UMA CASCATA
Ouço ao longe, o som de uma cascata,
que parece com uma contínua serenata,
que fica remexendo com a recordação.
Som, que ouvir a natureza me obriga,
o que já não soa como uma cantiga
na distancia já é uma triste canção.
Por que faz me recordar uma data?
É que mistura com os sons da mata,
confunde com saudade, minha audição.
Então a alma, junto de mim mendiga
não querendo ser na vida uma formiga,
não encontra para a tristeza uma razão.
Quando ouvia o barulho, com a mulata,
sentia me como um rei, um aristocrata,
eu e ela, éramos os reis dessa nação.
Mas faltou amor, desmorou a viga,
foi tomando conta, o veneno da urtiga,
resultado? Fiquei só, no mundo da solidão.
Vivendo só, sinto me como um primata,
e não creio que apareça uma candidata,
para comigo dividir esse pobre barracão.
Mas vejo ao lado alguma coisa amiga,
olhando no milharal o tamanho da espiga,
e o som da cascata trás vida ao sertão.
Ouço ao longe, o som de uma cascata,
que parece com uma contínua serenata,
que fica remexendo com a recordação.
Som, que ouvir a natureza me obriga,
o que já não soa como uma cantiga
na distancia já é uma triste canção.
Por que faz me recordar uma data?
É que mistura com os sons da mata,
confunde com saudade, minha audição.
Então a alma, junto de mim mendiga
não querendo ser na vida uma formiga,
não encontra para a tristeza uma razão.
Quando ouvia o barulho, com a mulata,
sentia me como um rei, um aristocrata,
eu e ela, éramos os reis dessa nação.
Mas faltou amor, desmorou a viga,
foi tomando conta, o veneno da urtiga,
resultado? Fiquei só, no mundo da solidão.
Vivendo só, sinto me como um primata,
e não creio que apareça uma candidata,
para comigo dividir esse pobre barracão.
Mas vejo ao lado alguma coisa amiga,
olhando no milharal o tamanho da espiga,
e o som da cascata trás vida ao sertão.