MISSIVA
(Sócrates Di Lima)
Acompanha-me caneta e papel,
Na mente uma missiva,
No coração elos de um anel,
No peito, a saudade ativa.
A meia luz,
Sento-me junto a escrivaninha,
Mão sobre a fronte me induz,
Minha alma está sozinha.
O silêncio predomina,
A mente precisa estar vazia,
A mão firme sobre a folhazinha,
Começa a escrever o que eu sentia.
Olhos cerrados,
Sobre a folha caneta e mão deslizavam,
E os dedos em movimentos delicados,
Algo delineavam.
E de repente parou,
Parecia que eu havia escrito coisa tanta,
A mente retornou,
Olhos abertos que se espanta.
Olhei novamente o papel rabiscado,
E percebi que nas minhas ansiedades,
Em ter escrito tanta coisa no silêncio imaginado,
Na missiva estava apenas, ... saudades.
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