BUSQUEI OS CENÁRIOS DOS CAMPOS
A cidade grande me maltrata, não tem horizontes.
Os poluentes encobrem o entardecer sem atrativos,
Pois o sól como que envergonhado logo se deita,
E as nuvens que recebem seus ráios se empalidecem,
Não apresentando os fulgurantes cenários que já vivi.
Até a noite se envergonha por não mostrar suas estrelas,
Pois seu manto negro onde elas piscam intermitentes,
São encobertos pela poluição dispersa na atmosfera,
E a claridade das luzes impede sejam vistas à olho nú,
Sendo que a lua pálida não tem atrativos para os enamorados.
Assim busquei a solidão dos campos onde não existem luzes,
Onde a natureza tem os ingredientes que a cidade não tem,
Como flores perfumadas enfeitando as matas verdejantes,
E as cachoeiras caindo preguiçosas como querendo brincar,
Com o cantar dos pássaros complementando suas belezas.
Esperei o passar do tempo recebendo a brisa me acalentando,
E embaixo de uma árvore frondosa que me ofereceu sombras,
Aguardei a tarde serena num céu azul entremeado de nuvens,
Até que o sól veio chegando preguiçoso para então descansar,
E ofereceu-me um espetáculo indescritível de luzes e cores.
Depois o entardecer veio estendendo o manto escuro da noite,
E notei as estrelas cintilantes piscando querendo me saudar,
Num céu tão limpo onde os males das cidades não chegaram,
Até que a lua cheia surgiu esplendorosa em toda sua majestade,
E reconfortado matei as saudades daquelas belezas que já vi.
30-01-2011