Barrancos que um dia me apoiei
São incoerentes todas as declarações
Que fiz outrora
O que importa é mais que o incomodo
De te ouvir dizer adeus
Não devias partir
Devias tomar posse do seu local
Daquilo que está reservado
Nada mais que nada
Nada menos que tudo
Acaso as pedras sempre estiveram aqui?
Ou tropecei por acaso
Nesses barrancos
Que um dia me apoiei?
Você partiu hoje para voltar depois?
Ou veio para não retornar outra vez
Diga-me sobre o curso da vida
Quero ouvir novamente sua ínfima sabedoria
Despida da mediocridade
Que lhe cercava anteriormente
Qual é o final de todos esses acontecimentos
Para onde vamos além de um deserto árido
Marcado por revezes sem fim?