Minha doce ilusão!
Nunca me apaixonei navegando no mar.
Exceto uma vez, por uma imagem ultra-romântica!
Eu amava aquela imagem, era um vislumbre...
voltei com reticências, pois onde estás, Mary Shelley,
que deixei de conversar com seu amigo lord Byron;
para olhar de volta, apenas um mês simples,
E se sente por um pouco que seja algo doce...
Mary, eu também soluço mais, de verdade...
com o romance sinistro de Frankestein.
Minha mais doce ilusão do oceano.
Enquanto eu sonhava, eu só queria saber.
Se tudo estava bem, e que acabei assustando mais.
Bem sei. Desculpa.
Profetizaste que paixão costuma durar dois anos,
e eu nem imaginei que duraria mais.
Apesar, que por dentro guardar,
ainda gostei de outras.
Ó doce Mary, onde esteve?
I did stay all by myself.
Totalmente. Por dentro eu me derreti, doce querida,
consumido por uma poesia que nunca vi antes.
Eu me apaixonei pela poesia só a partir daquele momento.
Que, nem sabes, tanto contribuíste com tua obra,
para eu pronunciar e aprender a ser ultra-romântico, um dia.
Aquelas não eram suaves palavras, My lady,
Aquelas eram palavras contundentes,
que eu mesmo subestimei.
Oh! querida lady!
Lord Byron sempre quis ser bom em alguma coisa,
mas creio que fracassou.
Lord Byron poderia algum dia dizer, que a felicidade,
ela sempre foge, como pássaro, suavemente,
e no querer distante, de uma imaginação de amor forte,
almejar docemente, beber também deste vinho tinto,
contudo, como o poeta jamais poderia mesmo deixar de sonhar...
Viu tuas palavras nos lábios expressos pelo nosso pobre irmão,
Álvares de Azevedo, tão ótimo poeta,
que se consumiu por dentro e por fora.
Eu também morri de amor, assim como ele se desfaleceu!!!!!
Lady, não sabes que poder tem teu dizer?
Lembrei daqueles olhos castanhos e sinceros,
dizendo com um brilho:
ó meu Romeu!
Sei que sou personagem de livro,
e ainda assim, de dentro dele, crio a imagem e posso ainda dizer,
da outra pessoa, esperando que busque sempre ser feliz.
Desejando, também por outros, que amaram,
assim como é próprio do querer...
que doce é amar, e amargo é sentir saudade...
Hoje quase não consigo mais sentir amor nem por mim...
Lady Mary, escreva mais, alguma coisa como aquelas,
que na brisa suave do sul eu ri e sorri, mas depois, vi,
que eu me machuquei, por culpa minha mesmo e,
eu não soube ser gentil o tempo todo.
Mas ainda restam as recordações, quem sabe,
sejam eternas... passadas de pessoa a pessoa...
como sentimentos, tanto quanto sonhar,
somente sonhar um pouco,
e não digas que sou sonhador em demasia,
pois todo poeta é assim,
mesmo que nunca se reconheça algum esboço,
ainda que a poesia seja bobinha...
será talvez um dia lida...
e chorada por mim mesmo...
pois lia e relia tuas obras, cara lady,
tanto que guardei como tesouros,
mesmo as novelas, os filmes, os sonhos,
qualquer elemento era para mim 5.
Qualquer conta dava esse número.
Meus amigos intelectuais diziam:
você se endoideceu, com certeza!!!!!
rsrsrsrs
Para Mary Shelley