Súplice de Capitu! Saudade!
Súplice de Capitu!
Foi assim, minha vida sem o teu amor
Através dos suspiros, pude compreender
Que a solidão e a ilusão têm um forte odor
Meu bem amado amor.
Nunca traí-lo, Bentinho! Assim proclamo sob acusação
Em momento algum ocorreu essa intenção
Oh, meu coração em desalinho
Cheio de amarfanhas e ferido por espinho.
Por fim, confesso, hoje encontrei alguém
Contudo, não muito preenche e nem do pouco mantém
De forma alguma pense como ruindade
Sim, troquei-te por outro, o nome dele é saudade!
Uma pequena homenagem a grande dúvida sobre a traição de Capitu, a personagem criada por Machado de Assis. José Dias dissera uma vez para Dom Casmurro que ela tinha olhos de cigana obliqua e dissimulada, através dessa linguagem irônica, regado pela historia de ciúme e o adultério, a obra tornou-se um dos essenciais da nossa literatura, que minha simples opinião é o melhor livro do mundo, com sua narrativa psicológica e os frágeis limites da condição humana. E hoje, sendo fonte de permanência discussão há mais de cem anos de existência, afinal, Capitu traiu ou não? Prefiro não obter a resposta, e sim, deixar essa dúvida correr eternamente nas bibliotecas ou qualquer lugar aonde alguém possa apreciar o livro que contém a proeza do maior escritor brasileiro e seria um pouco inconveniente se qualquer pessoa chegar dizer que houve traição ou não. Pois, “os prazos largos são fáceis de subscrever. A imaginação os faz infinitos”.
Poesia e Texto: Lucas Expedito (O essencial da palavra é o poder de esmerar a vida!)
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