Contramão

Irreais em plenitude

Saudade atravessa a porta

Em batidas fortes que não atendem

Caminham em passos silenciosos

Pela porta fora...

Nossos caminhos se cruzam

Em trajetorias indiretas, contramão

E no tragico encontro do meu olhar e o seu

Algo se perde nas ideias (...)

Padeci de saudade

Quis expor minha consternação

Em pequenos delitos me entreguei

E no desejo mais louco a encontrei

Mas não logrei exito algum

Efemero e transitório como o vento

Não tive estabilidade

E me suicidei pra não ter que afirmar

Que ja estava morto pela saudade

Que imperava desde o dia da sua partida

Nostalgicamente marcada em minha memoria ferida

Aguçadamente desfruto dessa minha dor

E entrego-me

Eder Marçal
Enviado por Eder Marçal em 16/01/2011
Código do texto: T2732247
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