SAUDADE DE BÁ
(Sócrates Di Lima)
A tarde em silêncio, no colo da noite se deitou,
E as mãos da lua a acariciou,
Lá fora a imagem noturna chegou,
E a chuva em brisa se transformou.
Maresia...
O som das ondas quebrando,
E debruçando no colo da areia se via,
Como se o mar e a praia se acariciando.
É o relato dela,
Imagem de poesia natural,
E eu aqui na saudade dela,
Sinto a brisa trazê-la de forma igual.
E a natureza pinta um mosaico de amor,
E ela, pintou ao final da tarde,
O que meu coração ansiava com ardor,
Era o seu toque de saudade.
E na verdade,
Olhando os riscos na areia,
Meu coração se enche de vaidade,
Leio a mensagem de minha sereia.
E na distância que meu coração reclama,
Faz a minha saudade trazê-la mais perto,
Sem estar na areia posso escrever que minha alma a ama,
Fazendo a distância ser pequena, decerto.
Ah! Basilissa, minha menina,
Olho aqui a imagem da sua saudade,
Um quê de carinho que me fascina,
Um que de nós na sua criatividade.