DE ASAS À SAUDADE.

Solta o pássaro que trazes

Aprisionado em teu peito,

Deixa que ele voe livre e solto;

Mas, deixa a porta do peito aberta,

Que o pássaro voltará feliz;

Aprisionado ele não canta.,

Apenas chora, num triste murmúrio;

E tu pensas que é canto;

E tua alma sempre a lamentar,

Pensa ouvir o pássaro cantar,

Mas, o que estás a escutar,

Do pássaro triste, é o pranto.

Liberta o pássaro da saudade,

E, deixa a porta da gaiola aberta,

Pois a porta aberta traz de volta

O pássaro... Na hora certa.

De asas à saudade.

Não a prenda em seu peito,

Ouça o que meu verso te diz:

A saudade com suas asas,

Volta sempre para o ninho

Que a colhe com carinho,

Fazendo dela uma saudade feliz.

Amarildo José de Porangaba
Enviado por Amarildo José de Porangaba em 08/01/2011
Reeditado em 19/07/2022
Código do texto: T2717604
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