DE ASAS À SAUDADE.
Solta o pássaro que trazes
Aprisionado em teu peito,
Deixa que ele voe livre e solto;
Mas, deixa a porta do peito aberta,
Que o pássaro voltará feliz;
Aprisionado ele não canta.,
Apenas chora, num triste murmúrio;
E tu pensas que é canto;
E tua alma sempre a lamentar,
Pensa ouvir o pássaro cantar,
Mas, o que estás a escutar,
Do pássaro triste, é o pranto.
Liberta o pássaro da saudade,
E, deixa a porta da gaiola aberta,
Pois a porta aberta traz de volta
O pássaro... Na hora certa.
De asas à saudade.
Não a prenda em seu peito,
Ouça o que meu verso te diz:
A saudade com suas asas,
Volta sempre para o ninho
Que a colhe com carinho,
Fazendo dela uma saudade feliz.