SAUDADE DE MIM

E de chorar sou mais que pranto.

De relembrar, esquecida

nas mãos, nas palmas calejadas,

cavando desejos proibidos...

E de pensar já sou louca.

Não há encontro para mim.

Não tenho nome em sua lista...enfim,

não iniciei, sou sem fim.

Com tantos erros passados

ganhei má fama sozinha.

Com tantos passos errados,

não encontrei meu caminho.

Tentei abrir minhas mãos...

Não vi nada... aquele beijo..

Do amado ...falado.. o abraço

que um dia ganhei...

Eu lutei e o perdi

Por que consigo errei.

E depois de tantos pecados

sou obscura... sou um breu.

De relutar, sou sem forças.

De persistir, sou sem vista.

De agredir, comunista...

Não tenho eira nem beira...

Não tenho amor para amar!

Não amo quem não me aceita

Por não querer fracassar!

Então, vou seguindo sem luzes,

Ninguém verá minha partida.

Não quero deixar saudades

nem prantos na despedida...

E se me queres na lembrança,

guarde meu nome consigo...

...Meu nome é só nome...

É simples, mas decisivo.

Pensando só na verdade,

Na flor de noites e de sangue...

Parto sem chorar...

Afinal, isso é amar...

Mas, deixo consigo o que fui...

Fui aqui e serei sempre lá.

Deixo amor...

Deixo saudade...

(Maria Marta Januário da Silva, 07 de 01 de 2011).Espero que apreciem.

Enviado por FÉ em 07/01/2011
Código do texto: T2715454
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