Barca Vazia
Ah! Como invejo as cigarras!
Que assistem o rumor dos passos enquanto vêem as estrelas...
Depois de uma luz abrem outros ramos...
E seguem em cantoria...
Eu até pousei meu ouvido pra ouvir...
Deitada pendi nas formas do tempo!
Eu aboli e mutilei meu jardim...
Desliguei todas as luzes...
Acordei e não era nada...
Ah! Como invejo as cigarras!
Elas vestem-se em suas melodias..
Luzes e cantorias...
Uma eterna primavera, num outono, num verão, não importa!
Ainda que seja inverno elas cantam e encantam com o tum tum do coração...
E eu?
Eu inverti todas as minhas cordas...
Confundi todos os meus ponteiros...
Não tenho mais canto nem horas
Nada encordoa o meu coração...
É um tempo sem tempo, é um nunca fim...
Sem inicio, sem meios, sem nada.
Meus olhos estão vestidos de melancolia...
Onde está a sinfonia da minha alma?
As horas da minha emoção?
Só ouço essa agonizante musica...
Saudade... Saudade... Saudade...
Ah! Como invejo as cigarras!
Que assistem o rumor dos passos enquanto vêem as estrelas...
Depois de uma luz abrem outros ramos...
E seguem em cantoria...
Eu até pousei meu ouvido pra ouvir...
Deitada pendi nas formas do tempo!
Eu aboli e mutilei meu jardim...
Desliguei todas as luzes...
Acordei e não era nada...
Ah! Como invejo as cigarras!
Elas vestem-se em suas melodias..
Luzes e cantorias...
Uma eterna primavera, num outono, num verão, não importa!
Ainda que seja inverno elas cantam e encantam com o tum tum do coração...
E eu?
Eu inverti todas as minhas cordas...
Confundi todos os meus ponteiros...
Não tenho mais canto nem horas
Nada encordoa o meu coração...
É um tempo sem tempo, é um nunca fim...
Sem inicio, sem meios, sem nada.
Meus olhos estão vestidos de melancolia...
Onde está a sinfonia da minha alma?
As horas da minha emoção?
Só ouço essa agonizante musica...
Saudade... Saudade... Saudade...