Ausência

A sala silente,

A quietude da mobília,

O quarto arrumado

Em seus mínimos detalhes...

A porta aberta ao vento,

Uma lágrima a escorrer

Pela face de quem sofre,

A separação indesejada.

Na boca, a contração de dor

E o ego em carne viva...

O desespero contido,

Retido na alma...

Só o vento

A cortar dilacerante

O silêncio ruidoso

Que vai no âmago...

O olhar perdido no horizonte,

Ainda incrédulo...

E a casa continua sem vida,

A sala silente,

A quietude da mobília,

O quarto arrumado...

(Danclads Lins de Andrade).

Danclads
Enviado por Danclads em 24/12/2010
Código do texto: T2688940
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