Dezoito Anos
Quando a saudade aperta no peito
E se expressa por lágrimas doídas
Busca na memória a lembrança enevoada
De tempos de felicidade garantida
Nunca pensei que algum dia
Para te lembrar, teria eu
Que fechar meus olhos e buscar atenta
Arquivos quase esquecidos na gaveta
Ainda sinto a tua falta
Como em todos os dias desde tua partida
Já não questiono mais se era a hora
Só anseio pelo nosso encontro, agradecida
Vivo meus dias com o amor que me ensinaste
Mas em meu peito ainda arde a saudade
Que tua ausência tão triste me causou
E hoje, quando é dia das mães
Choro o pranto dolorido e repetido
Perdoe-me o poema triste
Mas para mim hoje não é dia da tal felicidade
Hoje é dia da maioridade da dor.
Letícia Cesario
09/05/2010
"...O tempo não tráz alívio; mentiram-me todos os que disseram que o tempo amenizaria a minha dor! Sinto sua falta no choro da chuva; Quero sua presença no recuar da maré..."
(Edna St. Vicent Millary)