ANALOGIA DE UM DOZE DE OUTUBRO

"ANALOGIA DE UM DOZE DE OUTUBRO"

Criança,

Apanha a minha mão

E se diga,

Aonde vai?

Eu hoje,

Sou o seu pai

E tenho a carícia

De sua imagem

A lembrança de sua idade

Em minhas orações

Letargia que age,

Alergia que traz

Desde cedo,

Para que se trate

Um findo momento

Criança,

Quero crê-lo,

Sempre

Em minha vida

Bebi do mesmo peito

De onde sua mãe

Entregava-lhe vida

E afligia-se

Com sua segurança

O alimento em mim

Confinou-se em amargo

A ausência uma ferida invasiva

Cratera que se despedaça

Sem festas

E meu órgão inativo

Ativo se prova

E roga

Que convivo,

Com a exclusão

De seus braços

Batendo a um só debate

O sentimento é desvalido pelo embate

Hoje, é melhor que se diga

Quem finge não sente

Temente porque mente

Que sua mãe tenha na compostura

A candura que não finge

Para que dia quinze

Possa apanhá-lo

Que pelas mãos

De Nossa Senhora

Eu o encontre e siga

Para que meus dias

Possam revigorá-lo

Criança apartada

Pelas mãos da ruptura

Cunhada em suturas

Em curas

Que se entrega Gabriel

Nossa Senhora faria

De seu poder de Mãe

A condição

De enquanto Maria

Abraçar a todos que

Não sadias

Estão protegidas

Pela presença do Pai.

Omar Gazaneu
Enviado por Omar Gazaneu em 15/12/2010
Código do texto: T2673347