Tua falta

A garganta é vilã agora, insiste e fazer-se nó, aperta tanto que chega a sufocar. Meus olhos furtam a vista, enchem-se úmidos da nebulosa lembrança tua. E o teu cheiro, como é vivo em mim, teu cheiro lascivo e matutino é talhado nas minhas lembranças, teu cheiro candido poente é refugio. Minhas mãos hoje estão vazias de ti, desejosas do teu corpo, e sedento do teu afago meu corpo titubeia tremulo. Quiçá o futuro está a nos reservar encontros e desencontros...

Hugo Eduardo
Enviado por Hugo Eduardo em 18/10/2006
Código do texto: T267298