Saudade danada...
Saudade,
esta forma invertebrada,
de me quebrar, bem quebrada,
em pedaços, pelo chão...
Não escolhe a hora exata,
não pergunta, vem, maltrata,
me deixando do avesso,
onde não me reconheço,
sem a tua aparição...
Que poder mais absurdo,
de arrancar meu frágil prumo,
como fosse um desafio,
onde louca, silencio,
sem querer explicação...
É uma luta já vencida.
Resistência sem razão,
apagar naquela hora,
todo fogo que se aflora,
no meu corpo em combustão...
Que saudade mais bandida,
que me deixa assim, rendida,
no suplício da aflição...
Que só passa quando sinto,
que teu corpo vem faminto,
bem na minha direção...
Angra sem Reis
17/10/06
22:38hs