SAUDADE
(Sócrates Di Lima)
Sou minha própria companhia,
Sensato, talvez.,
Para começar o meu dia,
E viver tudo outra vez.
Saudade das canções,
Saudade da estrada.,
Saudade da louca paixão,
Saudade da amada.
E o que importa neste momento,
Se não a saudade que sinto.,
Talvez a saudade do meu sentimento,
Perdido no meu labirinto.
Saudade da cor do gelo,
E do colorido arco-íris.,
Que se descoloriu por zelo,
Até mesmo as cores a minha Iris.
Saudade é coisa certa,
Quando fechada a porta.,
Mas, para o poeta,
Isto até que não importa.
Saudade descrita no coração,
Rabiscado na janela sob a chuva.,
Saudade de Basilissa jazida na mansidão,
Das mãos cobertas por uma luva.