COM SAUDADE, FLÔRES

Vem a lágrima, fria amargura,

chora o coração, lastimoso pranto;

gotas amargas da perdida ternura.

Vem o triste, desconsolado verso,

letras chorando o fim da paixão

e em tristeza tanta, imerso.

Vem a saudade em rubras côres,

peito adentro, entristecendo a alma;

murchas rosas, desfalecidas flôres.

Então, engolindo as mágoas sentidas,

ramalhetes faço, só de agonias;

junto desilusão, tristezas vividas

e mando-te em pétalas o amor que havia.

Riva
Enviado por Riva em 17/10/2006
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