FALAR
Falar pensamento, fala
Conta tudo discretamente
Nestes versos simplesmente
Sem denunciar o seu intento.
Amor querido, contido.
Explode em meu peito,
Em passos marcados, num compasso
Sem fim, batendo loucamente por mim.
Calar, prá quê? Se te quero
Sofrer, para ser sincero
Sorrir, e ser eterno
Te amo, te venero.
Metade disso, daquilo
Somando até dá nisso
Que sinto, meu Deus!
Que ouriço, o amor sem cortiço.
A sós te digo imensamente
O orvalho da noite
É o amor gelado da manhã
De todo o meu coração.
Falei, dialoguei e até rimei.
Do amor, da paixão que sinto,
Será só eu, ou a humanidade?
Como?
O falar me transforma
No querer bem da vitória
De saber que um dia
Terei meu bem ao meu lado, de outrora.
TARTAY/dezembro-2010