SIMPLICIDADE
Sabe, seu moço!
Minha casa é pequenina
De chão de terra batida.
Lá não tem luz para iluminar,
Mas quem precisa?
Se já basta a claridade do luar.
É toda cercada de tudo verdinho,
Dá gosto até de ver
As aves ficam cochichando
Esperando o entardecer.
Uma música ressoa pelo vale afora
É o vento sussurrando sua brisa sem demora
Que vem me inspirar.
E até onde o olhar enxerga,
Olha, seu moço é tudo mesmo de causar inveja,
A paz deste lugar.
E lá atrás da montanha
Onde o sol se esconde
A luz do grande astro jorra seus últimos raios como fonte
Voltando a escurecer.
É quando eu pego a violinha
E entôo esta simples modinha
Para aquela que se foi:
“Meu bem-querer”!