Procura-se Italo Jorge
Procura-se Ítalo Jorge
Que quando criança se fazia perguntas cartesianas
Que aos 13 anos descobriu seu primeiro porre
Procura-se Ítalo Jorge
Procura-se Ítalo Jorge
Que cedo se perdeu na massificação
Do comportamento, do pensamento
E assim ficou na inação
Boatos dizem que hoje morre
Procura-se Ítalo Jorge
Que com o coração descabido no peito
Se sentou na montanha dos sentimentos cinza
E ali esmoreceu os sonhos de um dia
E no comodismo começou afoito e terminou satisfeito
À ignorância e à hipocrisia fez uma ode
Procura-se Ítalo Jorge
Procura-se Ítalo Jorge
Que segundo dizem nada restou
Que pouco ou nada relevante ousou
Que hoje, dizem, é apenas um anônimo que de tudo foge
Procura-se Ítalo Jorge