O sabor ambíguo das quatro estações
Era tão radiante
Quando trazias flores pra mim
O perfume exalava suavemente
Por aquela primavera sem fim;
Como eram deliciosos
Os frutos que me ofertavas
Tinha cheiro de hortelã
Como o outono me encantava!
Que maravilha era
Quando assopravas em meu ouvido
Aliviando aquele doce calor
Naquele verão enlouquecido;
Tão aconchegante
Ao me abraçar calorosamente
Esquentavas nossos sonhos
Era mesmo um inverno atraente!
Como é tão triste agora
Perceber que as flores murcham
No ar, captação inodora
Sem cor, sem luz, os raios não brilham;
Como é amargo
O gosto acre dos frutos
Por não serem bem germinados
Agora estão de luto;
Como é desgastante este calor
Que sufoca os meus poros
Sua abundantemente
Os vasos dos meus olhos;
Como é nefasto
Esse frio insensível
Arrepia, corta, fere
Ao meu corpo é lesivo;
Ah, meu Deus como é difícil
Quando tentamos acalmar nossos corações
Antes, um mar de rosas, hoje, desilusões
Refletidas, nas quatro estações.
Welma 10/01/2000
Quando tinha 19 anos.