VIVENDO E ESCREVENDO

Peguei num lápis muito pequena ainda,

Comecei a fazer frases,

A gostar de Linguagem,

E adentrei caminho a fora

No brincar de escrever,

Olhava uma flor, desenhava na mente,

Escrevia o que o coração sentia,

Falava tudo que uma flor pode despertar

Numa criança, e na esperança

Que minhas frases tivessem raízes,

Fui rabiscando em muitos cadernos

As alegrias, o que deixava cicatrizes...

Logo cedo me tornei amiga de lápis,

cadernos, canetas e borrachas,

Mas não gostava de apagar nada,

Não gostava de corrigir o que escrevia,

Tudo era sempre tão sincero que eu

Tinha medo que uma vírgula mudasse

O sentido do que eu tinha escrito.

Ah! Tempo bom que é tempo de menina,

Tudo era motivo pra rima,

Era boneca com peteca,

Era cabelo com espelho,

Era alfinete com sabonete e

No final eu dava altas gargalhadas,

Aprendi cedo a rir de mim,

E que bom que foi assim, hoje

Vejo o que escrevi como flores

Que joguei por onde andei,

São árvores frondosas,

São versos, são prosas

De muitos momentos

Que levaram-me a sorrir.

Obrigada Senhor pelas flores que lancei,

Pelos livros que escreverei,

Pelos momentos que registrei e

Principalmente,

Pelo meu coração que a Ti entreguei,

Não fosse isso, eu não escreveria assim,

Tendo a escrita como minha vida,

Tendo o Senhor como meu Mestre

Ensinando-me a viver

Apesar das feridas.

Teônia Soares
Enviado por Teônia Soares em 26/11/2010
Código do texto: T2637252
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