Naquele tempo

O lampião aceso no canto da mesa

A vida bem devagar ia passando

A fornalha de lenha da vovó acesa,

À noitinha os compadres proseando.

Terreiro cheinho e fora o lampião!

Casinha de palha, reflete o luar...

A saudade me bate daquele rincão,

E fico lembrando, começo a chorar.

Que Deus me perdoe, nada e eterno,

Mas jamais neste mundo eu trocarei

Aquela vida, por este tempo moderno!

Nem qualidade nem essência mudarei

Naquele tempo era que se vivia bem

Hoje vida boa, e certo, não se tem.