FOTOGRAFIA DO PASSADO


Sou da saudade descendente,
da luz que ilumina
da claridade da lamparina,
sou da tristeza a nascente.

Sou do signo da solidão.
Da noite que não amanhece
da lembrança que não esquece,
sou a febre de um coração.

Sou tristeza? Sou vivo ainda,
sou, uma voz que não fala
sou o eremita que se cala,
ao ver o dia que finda.

Sou uma ave que nao voa,
tenho o coração derrotado,
sou fotografia do passado,
uma mensagem que não ecoa.

Tudo isso o destino me deu?
Sempre fui ave de rapina
que com alegria não combina,
depois que me esqueceu.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 22/11/2010
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