Ode to Ana Carolina
PARA ANA CAROLINA Cantora e compositora de MPB da melhor MPB
“O amor em seu papel vinil (acrílico) estéreo e suas múltiplas sonoridades.
Em suas mais acústicas ou silenciosos acordes.
Sustenidos nem sempre com razão notas de algum anis, um Martine, um Vermont seco, um psicodélico alucinantes.
Seco rasgando covardemente
Deixado uma sangria vertiginoza
Que hora toma forma poética
Outrora devaneio, absinto e loucura... Quem entenderá o amor?
Quem debulhará o amor?
O mesmo que foi em algum tempo.
Que não se sabe de certo se passou ou apenas regressou...
Veio como um frio intenso e capcioso
Nem tanto ardente, mas sempre febril
O amor que me adoece e que me compadece
Que me “aterroriza”, mas, faz jus ao fim do dia.
Quando sob luz do luar tem sua melhor razão e expressão
Ai esse amor de outras tantas poesias e dramaturgias
O amor de Anas, Ritas, Joanas e Carolinas.
Ainda penso em decifrar-te
Cedo ou tarde entendê-lo. Com meus 400, 200 anos saberei
Que por ao menos um minto
Certeza tive que amei
E se ouvir meu coração
Ou ele uma peça pregar
O momento da interpretação
Não foi o amor que me avisou
Nem meu coração ocultou
Quando dei por mim, não era eu
Quando dei por mim, era vc em mim
Você em plenitude.
Em recusar, em escolher
Era você e era minha vida
Agora não mais aquela vidinha
A tal fulana, a coitadinha
A dona do copo, a fera do leão
Nem mesmo a rainha do salto
Agora eu era a siclana
E não mais a fulana
Então eu era mesmo a Ana
A Iracema e a Joana
A Ana da Beatriz
Quiçá uma Imperatriz
De olhos agora enxutos
Lameados de rímel e expressão
A Ana da felicidade
A que não surta mais há dias
E mesmo já com suas tantas idades
Enfadade em Mister
Na plenitude de ser mulher
Encontrou em si
O que a muito perambulava por aí
De jeito fasceiro e fala mansa
Na tempestade na dor e na bonança triunfe os amores e votos de Ana, Joana e Carolina