ASAS DO TEMPO

O tempo que passa

leva nas asas...

As angústias do passado

o passado das antigas esperanças...

As esperanças de um

ido feliz...

As belezas que ficaram

nas garras dos dias

que se foram...

Os brotos que se tornaram flor

e as flores que se tornaram amor...

...E os dias, que a paixão ardente

dixaram na mente

lembrança! Saudade sòmente...

Pois o amor é infinito

contrariando o tormento

das paixões que são apenas

enlevos de emoções...

Hoje o moço sente saudade

do menino...

O velho sente saudade

do moço...

A mulher da menina...

E a anciã da moça bonita

que foi a mulher...

E as asas do tempo continuam

a bater constantemente...

(Poesia que fiz em 1984 para o livro: Asas do Tempo)

Manoel Vitório

Manoel Vitorio
Enviado por Manoel Vitorio em 11/10/2006
Código do texto: T262141