Dor maior
A pausa do meu eu me fez desfalecer
Como um elevado em erosão.
Tudo foi abaixo,
Meu rosto abatido exibiu tristeza,
As lágrimas transbordaram
Uma lança cravou no peito,
Fez nascer à dor maior
E sem dó me maltratou,
Nem forças encontrei pra chorar.
De que adiantava mostrar-me?
Naquele momento queria ficar em forma transparente,
Assim ao menos evitaria olhares de piedade.
De que nos serve a razão, se não podemos mudar a direção?
Então me restou abster,
E no mistério enfrentei a perda com sapiência,
No íntimo queixei-me deste momento crucial.
Dor maior de ver o cessar da vida,
De presenciar a partida de quem amava
E tornei-me portador de saudades.