* Saudade verde limão*
 
Não sei se era tarde...
O cedo pra mim...
É quando meu sono, quase metade.
Desperta a manhã... E vai brincar de saudade
No olhar manso do destino.
Que se vangloria quando se diz meu dono...
E vai emendando meu sol a pino
Com segredos e desejos furta-cor!
                    ***
Nesta miscelânea... Em meus anseios
Ela se embrenha, foge do corpo!
Na intimidade do meu âmago deita...
Sua consciência e miragens loucas!
Então ela se enfeita... Batom cor de boca
Destemperada... Toma corpo de mulher
Entre sedas e perfumes, ruma pra onde quer.
E vai entrelaçar nos teus cabelos
Suas mãos de quimeras prometidas
E se torna íntima do tempo e da essência
E mal sabe responder se vai voltar
No dorso de uma procura envelhecida
Ou se, na ponta dos pés e descalça... Consinta
Ao silêncio recobrar ausências...
Em tudo que em comum acordo, pintam...
Como intransferíveis formas de coisas vividas
Comungada de anseios, alugados pelo tempo.
E pela aura do sentimento presenteada
E assim...Ela foi pega pela manhã, largada.
Em piruetas sortidas, sem escadas nem corrimão.
Voou...Pra brincar de ser saudade tua
Nua... E próxima do silêncio e da ilusão
Que não veste jeans, nem blusa verde-limão!
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11/11/2010
Iza Sosnowski
IZA SOSNOWSKI
Enviado por IZA SOSNOWSKI em 11/11/2010
Código do texto: T2609649
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