NÃO EXISTE O SOL


Luzes, que os sonhos devoram,
e de meus pensamentos isolam,
por demorar tanto o amanhecer...
Que mantém o quarto tão escuro
deixando o cérebro num apuro,
não vendo a hora do sol nascer.

Ai, mas como tanto queria
não lamentar numa poesia,
e essa claridade pudesse ver.
Sair desse mundo que  me isola,
pedindo ao destino, por esmola,
que leve, a vontade de morrer.

No quarto que cheira o vinho,
dói, a saudade de seu carinho,
nem ela, estou conseguindo ver.
Tento fugir, nas dobras do lençol
parece, que já não existe o sol,
para quem, não cosegue esquecer.

GIL DE OLIVE
Enviado por GIL DE OLIVE em 05/11/2010
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