SAUDADE MALVADA

Ô SAUDADE MALVADA!

QUEIMA O PEITO,

FERE A ALMA,

ENTORTA NOSSA JORNADA

FAZ DO FRIO UMA CONSTANTE

NAO ESSE FRIO DE PELE

COM ARREPIO

DE VENTO SUL

MAS O FRIO DO ABANDONO

DO VAZIO QUE TIRA O SONO

DE TER NO PEITO O APERTO

A DOR.

Ô VONTADE INFINITA

DE ESTAR JUNTO,

DE ABRAÇO,

ACONCHEGO...

DE TER TUDO:

BEIJO, CHEIRO,

AMOR, ENFIM...

VONTADE DE CORPO INTEIRO

E UM POUQUINHO MAIS DE MIM.

Ô, AMANHÃ MAIS INCERTO...

FAZ DE MEU PEITO UM DESERTO

DESSES QUE NEM FLOR SONHA TER.

LUGAR QUE O VENTO ALTERA

MUDA, MAS NAO REGENERA.

TAL QUAL O SOFRER QUE MALTRATA

E QUE OS PLANOS NEM DEIXA NASCER.

Ô, CERTEZA QUE TENHO

DE QUE NEM A SAUDADE MALDITA

OU A VONTADE CONTIDA

NEM A CERTEZA PERDIDA

FAZEM DEIXAR DE EXISTIR,

ESVAIR

OU MESMO REDUZIR

O AMOR QUE TRAGO AQUI

BEM NO FUNDINHO DO PEITO

GUARDADO COM ZELO, COM JEITO

PRA NINGUÉM MAIS, SÓ PRA TI!