Lembranças de minha terra natal
Na Zona Norte da maior metrópole sulamericana,
Há um bairro tradiconal,
Cujo nome já foi gravado nas páginas históricas,
Por um político,
Que devia boa parte de sua carreira,
A este lugar.
Um bairro antigo e tradicional,
Com construções antigas se contrastando às novas.
Celebridades ali já passaram e passam todos os dias,
Os lusitanos ali são maioria,
Ainda lembro-me do meu Võ Antonio e Vó Nizia,
Um casal de portugueses,
Que mesmo nãoi sendo de fato meus avós,
Os adotei por consideração.
Minha Vila Maria,
Terra da Diversidade,
No seu alto as ruas são tortuosas,
Na sua parte baixa o comércio e a indústia,
Reinam soberanos.
Minha Vila Maria,
Em ti posso não ter nascido,
Mas tu me criastes em teu alto,
Em uma morada simples e antiga,
Foste lá o berço de minha vida.
Aqueles tempos eram díficeis,
Quando morava em ti,
Jamais pensei que estaria onde estou.
Devo tudo a ti,
Meu berço de ouro,
Que hoje se transforma,
Num bairro luxuoso.
Cai as paredes das antigas casas lusitanas,
E dão lugar a enormes edifícios luxuosos.
Pouco a pouco minhas lembranças vão sendo destruídas,
Mas ainda sinto-me filho desta terra,
Pois mesmo longe de ti minha Vila Maria,
Mesmo você sendo vítima do crescimento vertical paulistano,
Um dia pra ti voltarei,
E como pequeno a Mirense eu irei,
Comprar meu pão de queijo e meu guaraná,
E para porta olharei,
Todo meu passado a frente,
E fingir que nada aconteceu,
Que de volta estou,
Transformado,
Mas ainda teu filho.