MARCAS DO TEMPO!



Tudo se passou tão fugaz...
Não percebi, sequer,
os meus lerdos passos,

deixei pelo caminho
o frescor da minha juventude,
que se integrou,
penso, ao viço das flores...

Rompi barreiras,
consegui atingir metas e objetivos,
desfrutei das láureas do sucesso,
o que fez de mim um credor...

Mas, quantas vezes,
tomei caminhos errados,
nisso, me transformei
em um devedor...

Minha teimosia
fez-me seguir por desvios...

Essa alternância
do certo e do errado,
que é o bem e o mal,
deixou em mim as marcas
do tempo...


Mas, foi o espelho que me expôs
à cruel realidade...

Vi a opacidade do meu olhar
e a tristeza do meu sorriso...

Minha alma teima
em ser jovem...
Vejo no pensamento,
o que sinto nos meus sonhos...

Desconheço o final
dessa caminhada...

Tudo há de diluir-se no nada,
quando se desfará
as marcas do tempo

Tarcísio Ribeiro Costa

Tarcísio Ribeiro Costa
Enviado por Tarcísio Ribeiro Costa em 06/10/2006
Reeditado em 26/01/2011
Código do texto: T258130